A VIÚVA DE NAIM: UMA NOVA ESPERANÇA



O maior poder tirano da História tem semeado ao longo dos séculos dor e sofrimento. Gritos de dor dilacerante ecoam pela Terra à chegada deste senhor. Ele chega sem pedir licença ou permissão, arromba portas e ceifa vidas. É esperado e temido por todos, mas sempre colocado em lugares refundidos de nossa lembrança. A morte: o poder tirano mais poderoso que convive conosco todo o dia. Sabemos da sua existência, mas sempre que possível o retiramos de nossa realidade. Independentemente de nossa atitude mais positiva ou negativa, a morte continua vagueando entre nós. Às vezes ela nos passa de largo, outras vezes ela atinge os que estão perto de nós, até que por fim sejamos nós o seu alvo. 

A viúva de Naim conhecia bem este poder tirano, assim como sua crueza e ferocidade. Ele não havia só batido em sua porta uma vez, mas duas vezes, retirando toda a esperança, abalando toda a sua estrutura e dilacerando a sua alma. A representação da classe mais frágil, desamparada e desprotegida da sociedade estava presente naquela mulher. Mas a morte, esse poder cruel e incompassivo jamais toma em conta status, condições ou classes. Ele simplesmente vem e ceifa sem qualquer discriminação. A réstia de esperança que se encontrava num filho jovem e amado foi arrancado violentamente dos braços de uma mãe que agora não tem mais nada a que se abraçar. Com que tipo de consolo se consola a viúva de Naim? Existiriam palavras que cessassem suas lágrimas? Haveria abraço que restituísse sua alma? Que esperança poderia sobreviver num caos sem respostas?  

Na verdade, perante o poder tirano da morte não há consolo suficiente, as palavras não cessam as lágrimas, os abraços não curam a alma e a esperança se extingue por completo. Mas a história da viúva de Naim não tem a morte como o protagonista, ou o vilão invencível. Durante o cortejo fúnebre, em que lágrimas e gritos se derramam, a morte desfila triunfante, mas é então que alguém interrompe o cortejo. A morte cala os seus triunfos e se torna expetante, observando o único que é capaz de interromper tal cortejo. A multidão pára, Jesus se aproxima, mas a viúva continua chorando. Nada poderia cessar o seu choro, não havia mais consolo ou esperança. Ali estava exposto o seu único filho erguido como taça vitoriosa da morte. Mas Jesus lhe disse: “Não chores”  

Ali estava o único que podia dizer: “Não chores”. Sua ordem ditava esperança, triunfo e compaixão. Jesus chegou. O verdadeiro vitorioso estava ali. O rei poderoso havia interrompido o cortejo triunfante das trevas e anunciando o estabelecimento de seu reino. A morte fugiu, o jovem se levantou e a celebração da vida ecoou. O anúncio de uma nova esperança percorreu as ruas, aquele que é capaz de vencer o maior tirano da História havia chegado para reinar.  

Sim e Ele venceu, a morte não o pôde deter. Ao terceiro dia, Jesus ressuscitou, anulando o poder tirano da morte. Hoje a morte não nos rouba mais a esperança e não nos destrói mais a alma. 

Não existem mais viúvas de Naim derrotadas e destruídas no reino de Deus, pois é Jesus quem chega e diz: “Não chores”, não chores porque em mim há verdadeira esperança, a morte não tem mais a última palavra. Não chores porque o Vitorioso e Poderoso chegou. Aquilo que antes era perda agora se tornou lucro. Aquilo que antes denunciava a tua condição miserável agora te traz uma esperança gloriosa.  

A morte ainda não foi destruída por completo, mas seu poder foi anulado por Cristo. Ela apenas aguarda por aquele dia em que sua destruição será efetiva. Ainda aguardamos por essa vitória final, mas no meio dessa espera já podemos desfrutar e celebrar da vitória do nosso Rei, que reina. Ele sim é o Poderoso, Ele sim é o Vitorioso.  

“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” Filipenses 1:21 

“O último inimigo a ser destruído é a morte.” I Coríntios 15:26 

(Texto baseado em Lucas 7:11-17)

Sara Rosa

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